A cidade de Sangão deu mais um importante passo em direção à sustentabilidade e à educação ambiental. A Escola CEM João Manoel de Souza foi contemplada com a instalação de um biodigestor, um equipamento que transforma resíduos orgânicos em biogás e biofertilizante, promovendo o reaproveitamento de materiais descartados e a redução do impacto ambiental. A iniciativa integra o projeto “Implantação de biodigestores em escolas públicas da Região da AMUREL”, promovido pelo Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da AMUREL (CIM-AMUREL), com recursos do Ministério do Meio Ambiente.

Escola de Sangão recebe biodigestor e avança em educação ambiental

Equipamento transforma resíduos orgânicos em energia e fertilizante

A entrega do biodigestor aconteceu durante uma cerimônia que reuniu autoridades locais e representantes do consórcio. Estiveram presentes a secretária de Educação, Esporte, Cultura e Turismo de Sangão, Gislaine de Souza, e a diretora da IMASA, Sheyla Serafim, que representaram o prefeito Castilho Silvano Vieira no ato oficial.

O projeto visa incentivar práticas sustentáveis nas escolas da região, estimulando alunos, professores e funcionários a adotarem uma nova postura diante dos resíduos gerados diariamente. O uso do biodigestor permite à escola não apenas reduzir o volume de lixo orgânico descartado, mas também produzir energia limpa e fertilizante natural, que pode ser utilizado na horta escolar ou em projetos de jardinagem.

Educação e sustentabilidade caminhando juntas

Aprender na prática a importância do meio ambiente

Com o novo equipamento, a Escola João Manoel de Souza se torna uma referência em educação ambiental na região. O biodigestor será integrado às atividades pedagógicas, permitindo aos estudantes acompanharem o funcionamento do sistema em tempo real, entenderem os processos de decomposição orgânica e aprenderem sobre conceitos como ciclo de nutrientes, energia renovável e agricultura sustentável.

“Mais do que um equipamento, este biodigestor é uma ferramenta de transformação. Ele representa um avanço na forma como tratamos o meio ambiente dentro das escolas”, destacou a secretária Gislaine de Souza. Ela também ressaltou que a implantação do sistema deve servir de inspiração para outras unidades escolares do município e da região.

Participação ativa dos alunos no processo

O projeto prevê a participação ativa dos alunos em todas as etapas, desde a separação dos resíduos até o acompanhamento dos resultados do biodigestor. A iniciativa será trabalhada em sala de aula por meio de atividades interdisciplinares que envolvem ciências, matemática, geografia e cidadania.

Com isso, os estudantes terão a oportunidade de vivenciar o impacto positivo de atitudes conscientes e perceber o valor da responsabilidade socioambiental. Além disso, o projeto contribuirá para o desenvolvimento de habilidades como o trabalho em equipe, a observação científica e o pensamento crítico.

CIM-AMUREL: tecnologia e inovação para os municípios

O projeto de implantação de biodigestores nas escolas públicas da região da AMUREL é uma iniciativa do CIM-AMUREL, consórcio que reúne diversos municípios do sul de Santa Catarina para ações conjuntas em áreas estratégicas. Com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, o projeto tem como objetivo transformar o ambiente escolar em um espaço de aprendizado prático e sustentável.

A entrega do equipamento em Sangão é parte de um esforço regional para promover a sustentabilidade desde a infância. “Queremos que as crianças cresçam conscientes de seu papel no cuidado com o planeta. A escola é o melhor lugar para começar essa mudança”, explicou a diretora da IMASA, Sheyla Serafim.

Benefícios diretos para a escola e a comunidade

O funcionamento do biodigestor traz benefícios diretos e imediatos à escola. Além de diminuir o volume de resíduos enviados ao lixo comum, o sistema gera biogás, que pode ser usado para aquecer água ou acender fogareiros em cozinhas experimentais. O biofertilizante produzido pode ser aplicado em hortas escolares, projetos de paisagismo ou distribuído à comunidade como forma de incentivo à agricultura familiar.

A presença do equipamento também contribui para reduzir o custo com coleta de lixo, ajuda a combater a emissão de gases de efeito estufa e fortalece uma cultura de reaproveitamento e economia circular entre os alunos. Esses resultados tornam o projeto uma referência de inovação ambiental no ambiente escolar.

Educação ambiental como política pública

O investimento em ações como a entrega de biodigestores reforça a posição de Sangão como um município comprometido com o desenvolvimento sustentável e a formação de cidadãos mais conscientes. O prefeito Castilho Silvano Vieira, mesmo ausente na cerimônia, destacou por meio de nota a importância da iniciativa: “Estamos plantando a semente de um futuro mais verde e responsável. As crianças de hoje serão os líderes ambientais de amanhã.”

A inclusão da sustentabilidade nas práticas educacionais é uma das diretrizes da Secretaria de Educação, que já promove ações como hortas escolares, campanhas de reciclagem e projetos voltados à preservação de recursos naturais. O biodigestor vem para somar a essas iniciativas, elevando o nível do compromisso ambiental da rede pública de ensino.

Conclusão: escola como modelo de transformação ecológica

A instalação do biodigestor na Escola CEM João Manoel de Souza marca uma nova fase para a educação ambiental em Sangão. Mais do que reduzir resíduos, o equipamento transforma comportamentos, ensina na prática os princípios da sustentabilidade e prepara uma nova geração para os desafios ambientais do presente e do futuro.

Com apoio do CIM-AMUREL, do Ministério do Meio Ambiente e do engajamento da comunidade escolar, o município dá um passo firme em direção a um modelo educacional mais consciente, participativo e ambientalmente responsável. A expectativa é de que outras escolas sigam esse exemplo, construindo, desde a base, um amanhã mais sustentável para todos.