Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:

Anvisa proíbe marcas de “café fake” com toxina e resíduos; uma é de SC

Fale conosco via Whatsapp: +55 48 9.9150-8411

No comando: Auto DJ

Das 00:00 às 06:00

No comando: Vem Tomar Café

Das 06:00 às 10:00

No comando: Ti Ti Ti

Das 10:00 às 13:00

No comando: Show de Alegria

Das 13:00 às 19:00

No comando: PopCorn

Das 19:00 às 21:00

No comando: Night Time

Das 21:00 às 24:00

Anvisa proíbe marcas de “café fake” com toxina e resíduos; uma é de SC

Consumidores em todo o Brasil devem redobrar a atenção na hora de comprar café. Uma recente decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, distribuição, comercialização, propaganda e consumo de três marcas de “café fake” — produtos que se apresentavam como café, mas que, na verdade, eram compostos por resíduos da lavoura e ingredientes não permitidos. A medida também determina o recolhimento de todos os lotes existentes desses itens, considerados impróprios para o consumo humano.

Anvisa proíbe marcas de “café fake” com toxina e resíduos; uma é de SC

Produtos apresentavam matéria-prima imprópria, rotulagem enganosa e riscos à saúde

Três marcas interditadas por fraude e risco à saúde

As marcas proibidas pela Anvisa são:

  • Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café – Master Blends Indústria de Alimentos Ltda.
  • Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café Tradicional Marca Melissa – D M Alimentos Ltda.
  • Pó para o Preparo de Bebida Sabor Café Preto Marca Pingo Preto – Jurerê Caffe Comércio de Alimentos Ltda.

Segundo o órgão regulador, os produtos apresentavam irregularidades semelhantes, como a presença de matéria-prima contaminada por ocratoxina A, uma micotoxina altamente tóxica produzida por fungos. Além disso, foram encontradas impurezas como cascas e resíduos de café, e não grãos torrados e moídos, como indicado nas embalagens.

A Anvisa destaca que a rotulagem desses produtos foi feita de maneira enganosa, induzindo o consumidor a acreditar que se tratava de café puro, quando na verdade eram misturas de baixa qualidade e com riscos à saúde.

Inspeção do Mapa revela contaminação e fraude

A decisão da Anvisa tem como base uma inspeção realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O levantamento apontou que os produtos apresentavam falhas graves nas boas práticas de fabricação, além de inadequações no processo de seleção das matérias-primas.

Entre os principais problemas encontrados, estavam:

  • Uso de matéria-prima contaminada com ocratoxina A;
  • Presença de matérias estranhas, como cascas e resíduos;
  • Rotulagem incorreta, sugerindo ser café torrado e moído;
  • Imagens e informações visuais que induziam o consumidor ao erro;
  • Falhas nos processos de controle de qualidade e armazenamento.

O Mapa classificou os produtos como irregulares e determinou a suspensão de sua comercialização ainda em maio. Com o respaldo técnico da inspeção, a Anvisa emitiu uma resolução que proíbe definitivamente a presença desses produtos no mercado nacional.

Empresa catarinense entre as envolvidas

Uma das empresas afetadas pela decisão é a Jurerê Caffe Comércio de Alimentos Ltda, sediada em Florianópolis, Santa Catarina. A marca comercializava o “Pó para Preparo de Bebida Marca Pingo Preto Sabor Café”, um dos produtos interditados.

Em nota enviada ao portal ND Mais, o Grupo Jurerê alegou que o produto não era vendido como café puro, mas sim como “mistura para preparo de bebidas”, conforme regulamentação da RDC 719/2022, que revogou a RDC 273/2005. A empresa informou ainda que o lote 12025 do produto já foi retirado do mercado “até que sejam esclarecidos os fatos com os órgãos competentes”.

Nota oficial do grupo Jurerê:

“O produto se tratava de mistura para preparo de bebidas, regulamentado pela ANVISA através da RDC 719/2022, e não de café torrado e moído. Mesmo diante desta discussão, o saldo residual do lote 12025 já foi recolhido do mercado.”

Associação de cafés critica fraudes

O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Celírio Inácio, alertou que produtos como os interditados não podem ser considerados café. “Café é feito do grão de café. Fora isso, é impureza e resíduo”, afirmou à Agência Brasil.

Segundo Inácio, a prática dos “cafés fakes” é enganosa e compromete toda a cadeia produtiva do setor. As embalagens utilizam elementos visuais que simulam produtos legítimos e confundem o consumidor, muitas vezes em busca de preços mais baixos.

A Abic reforça que o consumidor deve sempre verificar se o produto possui o selo de pureza da entidade e estar atento às marcas menos conhecidas, especialmente as que praticam preços muito abaixo do mercado.

Recomendações ao consumidor

A Anvisa orienta os consumidores a não consumirem os produtos das marcas listadas e, caso já tenham adquirido algum lote, que façam o descarte adequado. A recomendação é evitar contato direto com o conteúdo, uma vez que a presença de ocratoxina A representa risco à saúde, especialmente para pessoas com problemas renais, hepáticos ou imunidade baixa.

Além disso, o governo recomenda que os consumidores estejam atentos aos seguintes sinais de possíveis fraudes em produtos similares:

  • Preços muito abaixo da média de mercado;
  • Falta de informações claras no rótulo;
  • Ausência de CNPJ ou de dados do fabricante;
  • Embalagens com imagens exageradas ou não condizentes com a descrição do produto;
  • Produtos sem data de validade ou com informações apagadas.

Saiba mais sobre a ocratoxina A

A ocratoxina A é uma substância tóxica produzida por fungos do gênero Aspergillus e Penicillium. Ela pode estar presente em alimentos mal armazenados, como grãos, cereais e, neste caso, no café. A ingestão prolongada de alimentos contaminados pode causar danos aos rins, fígado e ao sistema imunológico, além de ser considerada potencialmente cancerígena pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, a Anvisa estabelece limites máximos para a presença de ocratoxina A em alimentos. Produtos que ultrapassam esses limites são considerados impróprios para o consumo e devem ser recolhidos do mercado.

Fiscalização será intensificada

A Anvisa e o Mapa anunciaram que a fiscalização sobre produtos à base de café será intensificada nos próximos meses. A ação visa combater fraudes e proteger os consumidores contra práticas enganosas. As empresas que reincidirem nas irregularidades poderão ser punidas com multas, interdição e responsabilização civil e criminal.

O objetivo é reforçar o controle sobre a cadeia produtiva do café no Brasil, que é o maior produtor e exportador do grão no mundo, mas que também sofre com a concorrência desleal de produtos falsificados e de baixa qualidade.

Conclusão: alerta para consumidores e responsabilidade do setor

A proibição das três marcas de “café fake” reforça a importância da vigilância sanitária e da responsabilidade das empresas com a saúde do consumidor. Fraudes como essa não apenas colocam vidas em risco, como também afetam negativamente a imagem da indústria do café brasileira.

Para o consumidor, o principal alerta é: desconfie de preços muito baixos, procure produtos com selos de qualidade reconhecidos e leia atentamente os rótulos. E, em caso de suspeita, denuncie aos órgãos competentes.

A credibilidade do setor depende da transparência e do respeito às normas. Com fiscalização, educação e escolhas conscientes, é possível combater o “café fake” e proteger a saúde de milhões de brasileiros.

Deixe seu comentário:

ANUNCIE AQUI!

Publicidade