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Um caso alarmante de violência doméstica mobilizou a Polícia Militar na tarde desta terça-feira (20), no município de Sangão, localizado no Sul de Santa Catarina. O episódio expôs mais uma vez a gravidade desse tipo de crime, que, apesar dos avanços na legislação, ainda persiste e coloca milhares de mulheres em risco diariamente.
Na tarde do dia 20, uma jovem de 22 anos viveu momentos de puro terror no Centro de Sangão. De acordo com o relato feito à Polícia Militar, o agressor, seu companheiro de 30 anos, a estrangulou pelo pescoço e a ameaçou de morte. Após cometer a agressão, o homem fugiu do local antes da chegada das autoridades.
A vítima, que não teve a identidade revelada para preservar sua segurança e integridade, informou aos policiais que esta não foi a primeira vez que sofreu agressões do companheiro. Segundo seu depoimento, ele é usuário de drogas e havia abandonado o tratamento contra a dependência há cerca de três meses. Contudo, ela ressaltou que, naquele dia, ele não havia feito uso de entorpecentes.
Após conseguir escapar das agressões, a jovem não perdeu tempo e buscou imediatamente proteger a si mesma e ao filho, de apenas um ano e meio de idade. Ela reuniu alguns pertences essenciais e se abrigou na residência da mãe, onde se sente mais segura para aguardar as medidas legais.
Em contato com a Polícia Militar, a mulher expressou sua intenção de solicitar uma medida protetiva de urgência junto à delegacia de polícia. Esse tipo de proteção é garantido pela Lei Maria da Penha e visa resguardar a integridade física e psicológica das vítimas de violência doméstica.
Após o acionamento, a Polícia Militar de Sangão prontamente se deslocou até o local, onde lavrou um boletim de ocorrência detalhado, registrando as agressões e ameaças sofridas pela jovem. Além disso, foi emitida uma requisição para exame de corpo de delito, procedimento fundamental para a comprovação das lesões sofridas e para a instrução do processo judicial.
A vítima também recebeu orientações claras sobre os próximos passos legais, incluindo como proceder para formalizar o pedido de medida protetiva, bem como sobre seus direitos enquanto mulher vítima de violência doméstica. O caso foi oficialmente registrado como lesão corporal dolosa leve e ameaça, com base na Lei Maria da Penha, que protege as mulheres em situação de violência familiar ou afetiva.
Casos como este, infelizmente, são mais comuns do que se imagina, tanto em pequenas cidades como Sangão quanto em grandes centros urbanos. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registra, em média, uma denúncia de violência doméstica a cada dois minutos. Esse cenário evidencia a necessidade contínua de políticas públicas eficazes, campanhas de conscientização e apoio psicológico às vítimas.
Na região Sul de Santa Catarina, diversas instituições têm atuado no acolhimento e apoio a mulheres vítimas de agressão, oferecendo desde abrigos temporários até assistência jurídica gratuita. Em Sangão, o trabalho conjunto das forças de segurança e da rede de proteção social busca evitar que casos como este resultem em tragédias irreversíveis.
A medida protetiva de urgência, prevista na Lei Maria da Penha, é um instrumento fundamental para interromper o ciclo de violência. Entre as principais determinações, está o afastamento imediato do agressor do lar, a proibição de contato com a vítima e seus familiares, e, em casos mais graves, a prisão preventiva do agressor.
Especialistas em segurança pública reforçam que, ao solicitar a medida protetiva, a vítima não apenas busca sua própria segurança, mas também fortalece o sistema de justiça no combate à violência de gênero, contribuindo para que o agressor seja responsabilizado por seus atos.
Embora os órgãos públicos desempenhem um papel essencial, o combate à violência doméstica também é uma responsabilidade social. Denunciar casos suspeitos, acolher e apoiar as vítimas e promover o respeito aos direitos humanos são atitudes fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e segura.
O caso de Sangão reforça a importância de romper o silêncio diante das agressões e buscar ajuda imediatamente. Para isso, o Brasil conta com canais de atendimento como o Ligue 180, que oferece orientação e encaminhamento para serviços especializados.
Se você ou alguém que conhece está passando por uma situação semelhante, saiba que não está sozinha. Além da Polícia Militar, que pode ser acionada pelo número 190, existem diversos outros mecanismos de proteção e apoio, como:
Buscar ajuda é o primeiro passo para quebrar o ciclo de violência e garantir segurança para si e para os filhos.
O caso ocorrido em Sangão é mais um alerta para a sociedade e as autoridades sobre a urgência de fortalecer as políticas de prevenção e enfrentamento da violência doméstica. A ação rápida da vítima ao fugir com o filho e buscar auxílio demonstra coragem e determinação, mas evidencia também o quanto ainda é necessário avançar na proteção das mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade.
A expectativa é que a medida protetiva seja concedida rapidamente, garantindo a segurança da jovem e de seu filho, enquanto as autoridades continuam as buscas pelo agressor. A sociedade, por sua vez, precisa manter-se vigilante e ativa na promoção de um ambiente onde casos como este sejam cada vez mais raros.