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Uma tragédia de proporções devastadoras chocou o mundo nesta quinta-feira (12), quando um avião da companhia Air India caiu pouco após decolar do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. A aeronave tinha como destino Londres e transportava 230 passageiros e 12 tripulantes. As autoridades locais confirmaram que 204 corpos foram encontrados até o momento, além de ao menos 41 feridos.
O acidente ocorreu minutos após a decolagem. Segundo informações da imprensa indiana, o avião enfrentou uma falha técnica grave antes de perder altitude rapidamente e cair em uma área residencial próxima ao aeroporto. Partes da aeronave atingiram um edifício que funcionava como alojamento para médicos residentes.
Imagens compartilhadas por testemunhas e veículos de imprensa mostram colunas de fumaça negra se elevando do local da queda. A força do impacto foi tão intensa que causou a destruição imediata de parte do prédio e iniciou um incêndio de grandes proporções.
De acordo com o comissário de polícia GS Malik, os trabalhos de resgate continuam em ritmo intenso. “Até agora, localizamos 204 corpos, muitos deles completamente carbonizados”, afirmou ao jornal The Hindu. A tragédia deixou marcas visíveis na cidade e abalou profundamente os moradores da região.
A escassez de ambulâncias obrigou socorristas e voluntários a improvisarem o transporte de corpos utilizando carrinhos de mão. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram cenas extremamente sensíveis, com partes dos corpos espalhadas nas ruas e vítimas gravemente feridas clamando por ajuda.
No momento do impacto, o prédio residencial que abrigava médicos residentes estava ocupado por entre 50 e 60 pessoas, que almoçavam no refeitório. Pelo menos seis corpos já foram recuperados desse local, segundo informações preliminares da imprensa local.
“Foi uma explosão muito forte. As janelas quebraram, as paredes caíram e o teto desabou em poucos segundos. Quando saímos, vimos fogo por todos os lados”, relatou Shreya Patel, residente do prédio vizinho, que conseguiu escapar ilesa com sua família.
Em pronunciamento oficial, o primeiro-ministro Narendra Modi lamentou a tragédia e garantiu que será realizada uma investigação detalhada para apurar as causas da queda. “Estamos de luto com as famílias das vítimas. Vamos buscar respostas para que tragédias como essa não se repitam”, declarou.
Equipes da Direção Geral de Aviação Civil da Índia (DGCA) e especialistas da companhia fabricante do avião, um modelo Boeing 777, já estão se dirigindo ao local para iniciar os trabalhos de perícia. Há indícios de que o problema tenha começado com uma pane elétrica no sistema de navegação, segundo fontes internas da companhia.
Líderes de diversos países, incluindo o Reino Unido, Estados Unidos e França, manifestaram solidariedade ao povo indiano. O governo britânico declarou luto pelas vítimas e ofereceu apoio técnico às autoridades indianas.
“É um dia de profunda tristeza para todos nós. Muitas das vítimas tinham cidadania britânica ou residência no Reino Unido. Estamos em contato com os familiares”, disse a ministra das Relações Exteriores britânica, Anne-Marie Trevelyan.
A Air India informou que está em processo de identificação das vítimas e que uma lista completa com os nomes dos passageiros será divulgada em breve. Parentes já começaram a se reunir em frente aos hospitais e ao aeroporto de Ahmedabad em busca de informações.
“Viemos buscar meu irmão, que embarcou rumo a Londres. Até agora não temos nenhuma confirmação sobre seu estado”, afirmou Preeti Sharma, que viajou de Mumbai ao saber da notícia.
A Índia possui um histórico considerável de acidentes aéreos, embora as estatísticas tenham melhorado significativamente nos últimos anos. A queda desta aeronave representa um dos episódios mais letais da aviação civil do país desde 1996, quando um voo da Saudi Arabian Airlines colidiu com um avião da Kazakhstan Airlines, matando 349 pessoas.
Desde então, medidas rigorosas de segurança foram implementadas, mas a tragédia desta quinta-feira acende um alerta sobre a manutenção das aeronaves, especialmente em companhias que operam voos internacionais de alta demanda.
Nas ruas de Ahmedabad, o clima é de comoção e revolta. As redes sociais estão repletas de homenagens, pedidos de justiça e críticas à infraestrutura aeroportuária da região. A hashtag #AirIndiaCrash ocupa os primeiros lugares nos trending topics do X (antigo Twitter).
Moradores organizam vigílias e doações para ajudar os feridos, enquanto hospitais públicos enfrentam dificuldades para atender a demanda. “Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance. Precisamos de doações de sangue com urgência”, comunicou o Hospital Civil de Ahmedabad.
O desastre aéreo em Ahmedabad é um marco trágico na história da aviação indiana e global. Mais de 240 vidas foram abruptamente ceifadas, entre elas médicos, famílias, estudantes e trabalhadores em busca de novas oportunidades no exterior.
Agora, resta aos familiares das vítimas o consolo da solidariedade e a esperança de que a investigação traga respostas claras, apontando culpados e promovendo mudanças para evitar novas tragédias. A Índia, profundamente abalada, enfrenta dias de luto e reflexão sobre os rumos da sua aviação civil e o cuidado com vidas humanas.
